Fui ontem, por primeira vez, ver uma obra de teatro no Romano de Mérida, integrada na 55.ª edição do Festival de Teatro Clássico daquela cidade.
Impressionante.
O local, o ambiente, o público e, acima de tudo, o espectáculo que vi.
O local é magnífico. Um cenário de sonho e o sonho de qualquer actor.
O ambiente que se respira é, ao mesmo tempo, o solene dos grandes momentos e o de festa das grandes manifestações populares.
O público. Porque era muito, perto de dois milhares, e estava ali para ver teatro.
O espectáculo, Medea, um clássico de Eurípedes reinventado numa produção própria do festival, com direcção de Tomaz Pandur e protagonizada por Blanca Portillo, Julieta Serrano, Alberto Jiménez e Asier Etxeandía.
Repito-me. Impressionante.
Com o texto original, salvo um ou outro apontamento, e uma estética completamente vanguardista, o espectáculo prende-nos durante mais de 2 horas para ver como Medea (será Medeia em português), uma mulher carregada de amor e ódio a um só tempo, cresce e se modifica à frente dos nossos olhos, num processo que culmina com o assassinato dos seus próprios filhos.
Os 25 euros do bilhete e as 2 horas de estrada que fiz foram, sem dúvida alguma, muitíssimo bem empregues.