Uma ilha de frescura num oceano cheio de aborrecimento

Nos últimos tempos tenho tido dificuldade em gostar de alguma da “nova” música que nos chega a casa. Tudo me parece aborrecidamente igual ou, pelo menos, muito parecido. Não que eu seja um grande entendido no assunto, mas quer-me parecer que existe uma certa tendência para reinventar as receitas com provas de sucesso e isso, por mais que se altere a ordem dos ingredientes ou se introduza uma pitada de algum pozinho que não fazia parte do original, acaba por saber ao mesmo.

É por isso que fiquei encantado com a música dos bANdARRA, um grupo açoriano, da ilha do Faial, que descobri por acaso (abençoada Internet) e que tem uma frescura no som que me agarrou. Eles definem-se como “uma banda-família-de-amigos-ilhéus irrequieta” e têm toda a razão. Porque tocam como só grandes amigos poderiam tocar (a forma, atrevo-me a dizer sublime, como os vários instrumentos entram em cada uma das canções, para se juntarem num encontro perfeito, é genial), porque as letras têm uma insularidade deliciosa, capaz de abrir as portas de qualquer mundo, e porque o ritmo não nos deixa, de maneira nenhuma, ficar parados.

Já disse, quase no princípio, que não sou entendido no assunto, mas tenho cá para mim que, não tarda nada, esta bANdARRA vai dar muito que falar.

Entretanto, passem pelo MySpace desta gente, ouçam algumas das canções deles e digam de vossa justiça.

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