Os empresários A e B têm, cada um, uma empresa que produz, digamos, assobios. Os assobios produzidos pelo empresário A e pelo empresário B são exactamente iguais. Para além disso, as condições de produção são também idênticas. Ambos têm a mesma máquina de fazer assobios e ambos têm o mesmo número de trabalhadores especializados em assobios.
Há apenas uma diferença entre os empresários A e B: vivem e trabalham em países diferentes. Mas nem isso tem influencia no custo final dos assobios produzidos. Se por um lado o empresário A tem custos fiscais acrescidos, o empresário B gasta mais em salários. No final, cada assobio produzido por A e por B custa exactamente o mesmo.
Ao fim do primeiro ano de actividade os empresários têm lucros idênticos. Digamos 5 mil Euros. E é aqui que os caminhos se começam a separar.
O empresário A decide que com os seus 5 mil Euros vai comprar um jipe. Porque dá jeito, porque é porreiro e porque a malta toda tem um.
Por seu lado, o empresário B decide reinvestir os seus lucros na empresa e compra uma segunda máquina de fazer assobios.
No final do segundo ano de actividade o empresário A volta a lucrar 5 mil Euros, mas o empresário B consegue um lucro de 8 mil. Afinal, ao comprar uma segunda máquina conseguiu aumentar a produtividade da empresa e, por conseguinte, baixar os custos de produção. Não só vendeu mais assobios, como ainda consegue uma margem maior.
Assim, o empresário A, com os seus 5 mil faz umas férias no Brasil e o empresário B aposta num aumento de salários porque tem a convicção, estúpida para alguns, de que um trabalhador satisfeito é um trabalhador mais produtivo.
Após 3 anos a produzir assobios, o empresário A pensava que iria ter mais 5 mil euros de lucro ao fechar as contas mas, para espanto seu, conseguiu apenas 3 mil. Bom, paciência, a piscina vai ter que esperar…
Já o empresário B viu os lucros crescerem para 10 mil euros porque, com os custos de produção mais baixos e com maior produtividade devido à segunda máquina e a uma equipa de trabalho motivada, decidiu apostar na exportação e, pasmem-se, acabou por roubar mercado ao empresário A.
A moral da história? Aceitam-se sugestões…