27/10/2025 13:53

EsquerdasNo cenário político nacional sempre existiram vários tipos de esquerdas. Ponto final.

Mas nos dias de hoje parece-me que começam a querer abusar.

Temos o PS, uma espécie de esquerda soft, muito centrada, com ligeiras (ou até grandes) inclinações para o lado contrário.

Depois, dentro desta esquerda menos esquerda, temos uma esquerda mais alegre e com tendência para descolar da casa mãe porque, ao que parece, não suporta as suas constantes passagens para a outra faixa.

Avançando um pouco mais para a esquerda, aparece-nos o BE, uma força política onde grassam as contradições de um discurso que alterna entre o purismo e o caviar das vernisages.

Aqui chegados, encontramos o PCP, um partido simpático, que vive na sombra das ideias de pessoas que ou são engraçadas (estou-me a lembrar do coreano) ou já morreram há muito tempo (e nesta categoria ocorre-me, entre outros, o cubano).

Depois, lá na pontinha, existe ainda uma esquerda muito de esquerda, representada por partidos cujas siglas são muito complicadas e extensas.

De certeza que esta minha análise do lóbulo esquerdo da nossa vida política tem algumas (vá lá, muitas) falhas, mas no essencial é mais ou menos isto.

Ora, eu, que até sou canhoto e que, por força do hábito, dificilmente deixarei de o ser, (até porque já sou do tempo em que essa tendência não era castigada e reprimida nas escolas à base de reguadas) começo a sentir-me confuso no meio desta, permitam-me o termo, salsalhada.

3 thoughts on “As esquerdas”
  1. Caro amigo Custódio, essa visão é uma visão muito simplista da esquerda, se é essa a tua ideia de esquerda estás mal informado políticamente, por exemplo o BE devido aos partidos que o fundaram é um partido ainda mais esquerdista que o PC, por exemplo a UDP que é um partido maoísta, esse esquerdismo do BE simplesmente está disfarçado por um menor formalismo e um discurso moderno…

    Cumps

    1. Ó Manuelinho, não leves as coisas tão a sério, ainda és muito novo. Não me vou defender aqui contra a tua acusação de “pouco informado”, até porque discutir maoísmo, marxismo, leninismo e outros ismos não me interessa absolutamente nada. Continuo é a achar graça ao coreano, sobretudo aos óculos dele…
      E já agora, acho que deixaste escapar a verdadeira questão que me levou a escrever o post. Fica bem e volta sempre, és muito bem vindo 😉

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