27/10/2025 14:06

Cerca de três centenas de manifestantes, entre alunos e professores, obrigaram esta tarde a Ministra da Educação a abandonar a cidade de Fafe, sem cumprir o evento que tinha programado. Com palavras de ordem e ovos, os protestantes nem deixaram a ministra pôr o pé fora do carro.

in Jornal de Notícias

Antes de mais, e para que fique bem claro, a intenção deste post não é defender nem um lado nem o outro. O que me interessa comentar é a atitude das criancinhas…

Que se proteste contra algo que, acreditamos, nos está a prejudicar é (ou deveria ser) um dos actos mais normais do mundo.

Que se recorra a formas pouco convencionais de protesto também poderá, nalguns casos, estar justificado.

Que se saia prá rua, em alegre excursão, aos gritos e sem fazer a mais mínima ideia do que se está a passar é triste.

Que desta última acção descrita resulte violência e o ataque a um representante do estado é crime.

Logo, não é de estranhar que a GNR tenha aparecido por lá e tenha distribuído umas bastonadas em vez do pacotinho de leite chocolatado de que os meninos estavam à espera.

Repito: não defendo posição alguma. Nem a da ministra da educação, nem a dos estudantes, nem a dos professores (que neste caso, aproveitaram claramente a estupidez que reina nos seus alunos em proveito próprio).

6 thoughts on “Ministra da Educação vira omolete.”
  1. Liberdade é diferente a Libertinagem!

    Educação é diferente a Estupidez!

    Informação é diferente a pensar que se sabe!

    Manifestação é diferente a Barbárie!

    Se as “criancinhas” tivessem informadas e fossem educadas saberiam manifestar-se!

    Mas…

    Como não são, vão para rua em actos de libertinagem mostrando a sua estupidez com actos de barbárie a pensarem que sabem porque estão ali!

    Cumprimentos

  2. Nada de especial. As criaturas atacam um dos seus criadores. Com a permanente e gradual degradação do sistema de ensino, a infantilização dos conteúdos, o esvaziamento da autoridade dos professores (sei bem do que falo), o facilitismo das avaliações, o desprezo da cultura do mérito e do trabalho, o resultado não poderia ser outro que o surgimento de uma geração de pequenos adoradores do supérfluo e do imediato, desprovida de visão e essência, acabrunhada em MSN’S e SMS’S, com endência para o desacato e a violência quando as coisas não correm como querem.

    Desculpe o desabafo.

    Cumprimentos,

    1. Concordo, Euribor.
      Virou-se o feitiço contra o feiticeiro.
      Ainda por cima, a Ministra marcou presença no telejornal a defender que a mega-manifestação dos professores não passou de uma chantagem organizada pelos partidos da oposição. É triste!
      Perante um descontentamento geral da classe docente é impossível que somente venha a propósito a palavra “chantagem”, especialmente quando as medidas tomadas pelo governo desrespeitam a realidade da escola e da educação portuguesas. Ao que chegámos!
      A verdade é que, com todas estas reformas, as nossas criancinhas são cada vez mais analfabetas e desinformadas. Será de propósito? Se calhar o objectivo é regressar aos métodos da Idade Média, onde a capacidade de ler e escrever era reservada só a um pequeno punhado de gente. Para que não pensassem e não questionassem o poder. Assim de certeza que não haveria “chantagem”.

  3. Parece que a omolete agora virou moda.
    “Uma centena de alunos da Escola Secundária D. Dinis arremessaram ovos contra o auditório onde decorria uma reunião entre os dois secretários de Estado da Educação, Valter Lemos e Jorge Pedreira, com presidentes de conselhos executivos de escolas da Grande Lisboa.”
    (in noticias.rtp.pt)13/11/08
    Bem que podem as galinhas por ovos!!

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