Reencontro

cenárioGraças às maravilhas da Internet, do Facebook mais propriamente, encontrei, por estes dias, um companheiro (vou substituir o adjectivo por outro) amigo dos tempos de estudante.

Naquela altura éramos todos muito diferentes do que somos hoje… ou não. Talvez a diferença esteja apenas no tempo e na distância que ele permite e que faz com vejamos as coisas de uma outra forma.

Acho que no mundo dos crescidos e dos adultos se chama a isto amadurecer.

Porque na verdade, os ideais, os sonhos, os projectos e os objectivos que naquela época nos definiam continuam por cá, o que mudou foi a forma de os encarar. Continuamos os mesmos, achamos graça às mesmas coisa e o que nos entristecia então continua a entristecer-nos agora.

Estou feliz por ter reencontrado o Paulo e com ele um monte de memórias que me cargaram as pilhas para mais uns tempos.

Não morri afinal!

Apenas estou mais cansado, mais velho claro, menos entusiástico e eufórico, mas não morri e continuo com vontade de resolver todos os problemas do mundo sentado a uma mesa de café, com uma grade de minis à frente, tal como fazíamos naquela altura.

Sabíamos então, tal como sei agora, que não vamos contribuir para a paz mundial e que depois daquelas doses de 20cc de cerveja acabarem tudo há-se ser como era, que nada mudou nem se alterou devido aos nossos acesos debates, quase ao jeito de brainstorms universais.

Ao reencontrar o Paulo reencontrei-me. Avivei partes de mim que estavam adormecidas ao sabor dos anos, recordei lutas antigas, sorri embalado pelas paixões de então, firmei os pés na terra das saudades daquelas noites que pegavam umas na outras.

Obrigado Paulo, do fundo do coração, obrigado. Um abraço enorme para ti e olha que aquilo de te ir visitar aí a terras britânicas é mesmo para concretizar.

Quanto à tua pergunta de ontem, se sou feliz?, mantenho a resposta: Não, mas continuo a tentar 😉

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