Graças às maravilhas da Internet, do Facebook mais propriamente, encontrei, por estes dias, um companheiro (vou substituir o adjectivo por outro) amigo dos tempos de estudante.
Naquela altura éramos todos muito diferentes do que somos hoje… ou não. Talvez a diferença esteja apenas no tempo e na distância que ele permite e que faz com vejamos as coisas de uma outra forma.
Acho que no mundo dos crescidos e dos adultos se chama a isto amadurecer.
Porque na verdade, os ideais, os sonhos, os projectos e os objectivos que naquela época nos definiam continuam por cá, o que mudou foi a forma de os encarar. Continuamos os mesmos, achamos graça às mesmas coisa e o que nos entristecia então continua a entristecer-nos agora.
Estou feliz por ter reencontrado o Paulo e com ele um monte de memórias que me cargaram as pilhas para mais uns tempos.
Não morri afinal!
Apenas estou mais cansado, mais velho claro, menos entusiástico e eufórico, mas não morri e continuo com vontade de resolver todos os problemas do mundo sentado a uma mesa de café, com uma grade de minis à frente, tal como fazíamos naquela altura.
Sabíamos então, tal como sei agora, que não vamos contribuir para a paz mundial e que depois daquelas doses de 20cc de cerveja acabarem tudo há-se ser como era, que nada mudou nem se alterou devido aos nossos acesos debates, quase ao jeito de brainstorms universais.
Ao reencontrar o Paulo reencontrei-me. Avivei partes de mim que estavam adormecidas ao sabor dos anos, recordei lutas antigas, sorri embalado pelas paixões de então, firmei os pés na terra das saudades daquelas noites que pegavam umas na outras.
Obrigado Paulo, do fundo do coração, obrigado. Um abraço enorme para ti e olha que aquilo de te ir visitar aí a terras britânicas é mesmo para concretizar.
Quanto à tua pergunta de ontem, se sou feliz?, mantenho a resposta: Não, mas continuo a tentar 😉
E la, grande impacto!!! Ate parece que as palavras que arremesso sao “perolas de sabedoria” (I wish 🙂
Foi realmente muito bom voltar a conversar, lembrar aqueles tempos do tudo ou nada, dos ideais, das paixoes acesas, estorias e historias que ficarao connosco para sempre…
Ca te espero em London city para curtir a grande, aposto que aqui iras delirar com o teatro!! Ja agora, tiro o chapeu pela tua new found art, sp admirei a malta do teatro, decorar um texto td, nao se esquecer de nada, a encenacao, enfim… difficult job!!!
Quanto a ser feliz… irei citar o Jorge Palma: e tudo uma questao de gozar a rota e reduzir as (mirabolantes) necessidades 🙂
“Tira a mão do queixo não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem á batota
Chega a onde tu quiseres
Mas goza bem a tua rota”
“Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
A liberdade é uma maluca
Que sabe quanto vale um beijo”
uhhh pareces uma excelente parceria, e amigo de meu amigo meu amigo é 🙂