Que alguém lhe dê um código deontológico, rápido.

Tive hoje o azar de estar a jantar ao mesmo tempo que a Manuela Moura Guedes apresentava o Jornal Nacional da TVI.

Ainda que o meu chip anti-TVI (um aparelho de avançada tecnologia, que bloqueia a entrada nos meus ouvidos a quase tudo o que a estação de Queluz emite) esteja a funcionar bastante bem, não foi capaz de evitar que a minha atenção se prendesse ao écran durantes dois breves minutos. Depois do susto inicial (a senhora parece o Joker dos filmes do Batman) veio a irritação por verificar que por cá se continua a dar destaque ao jornalismo que é tudo menos jornalismo.

Como é possível que a pivot de um espaço noticioso, de abrangência nacional e em horário nobre, se permita dizer notícias como se estivesse no café a comentar o que a cabeleireira lhe tinha revelado nessa tarde enquanto lhe fazia a permanente?

Ainda por cima, a Manuela parece ter uma espécie de vocação para fazer humor. Os textos que a moça usa para dar entrada às peças do jornal parecem vindos dos escritórios das Produções Fictícias e atirados para o meio da nossa sala ao jeito dos Gato Fedorento.

Objectivo, isento, apolítico, neutro… é assim que alguém que informa os outros se deve apresentar. Ou será que já se esqueceu do que aprendeu na escola, senhora ex-deputada independente eleita pelo CDS-PP?

PS – Relacionado com o título… Afinal não faz falta, já encontrei e disponibilizo o link eu próprio.