16/02/2025 08:05

Todos sabemos como é fácil dar largas à imaginação na Internet ao abrigo do anonimato, de um pseudónimo ou de um nome falso. Normalmente, nessas alturas, vem ao cima o que de pior existe de cada internauta e sob essa espécie de capa de invisibilidade saltam cá para fora as maiores barbaridades.

Vem isto a propósito do que se passa no SAPO, o maior portal generalista português. A política do SAPO passa por admitir todos os comentários que os leitores decidam publicar, implementando um sistema de votação de “dedo para cima/dedo para baixo” e um link para reportar abusos.

O resultado pode ver-se em qualquer uma das secções do referido site, ainda que, admito, com maior frequência nas notícias relacionadas com o desporto. É abrir uma qualquer das peças publicadas e admirar as pérolas feitas comentários que por ali pululam alegremente.

As asneiras são tantas e os insultos atingem tal nível que um gajo até fica mal disposto. Mas hoje dei de caras com a gota de água que fez transbordar o meu copo. Neste texto, onde são reproduzidas declarações do atleta Marco Fortes no âmbito da sua classificação nos Mundiais de Atletismo de Daegu (já agora, um sexto lugar em lançamento de peso é um resultado excelente) há uma série de comentários racistas feitos, com certeza, por imbecis da pior espécie, que me ofendem enquanto leitor e enquanto cidadão.

Está na hora do SAPO moderar estas bestas, tal qual como acontece na maioria dos sites de informação. Deveria o SAPO, pelo menos, obrigar a um registo prévio, com um endereço de email válido, antes de se poder comentar o que publica. Bem sei que os anormais não vão deixar de vomitar as suas nojentas opiniões, mas muitos deles, como mal sabem ler e escrever, vão ter dificuldade em fazer o registo, outros, por preguiça, também não o vão fazer e os que realmente avancem, vão deixar um rasto que pode conduzir até eles no caso de ser necessário pedir responsabilidades sobre o que andam a fazer.

Bem sei que vozes de burro não chegam ao céu, mas se formos muitos a zurrar talvez alguém nos oiça…

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